terça-feira, 12 de agosto de 2008

Vitor

O começo
Aos sete de Outubro de 1995, eu Vítor Mateus vim para este mundo. Sou filho de Fábio e Roberta Natali nascido em Itapecerica da Serra – SP.
Bom! Sou um pré-adolescente esportista, gosto muito de futebol, gosto em geral de todos os esportes. Sou gentil, porém, às vezes um pouco explosivo, mas me considero educado, carinho e expressivo.
Mas vamos por parte que está história vai ser bem emocionante, eu acho...

O Nascimento
O dia em que nasci, assim me contam, foi muito especial, pois minha mãe estava muito ansiosa, ela tinha apenas 15 anos e estava confusa, mas muito feliz com minha chegada.
Quando ela foi para o hospital, meu pai chegou logo depois com o rosto cheio de remela e apavorado achando que tinha perdido a hora do meu nascimento, mas como sabem no fim tudo dá certo.
Nasci no dia do aniversário de um tio de minha mãe, então já era dia de festa e todos festejaram muito o primeiro filho, primeiro neto, primeiro bisneto. Era um menino forte que nascia às 9:00 horas da manhã de um sábado com 54 cm e 4,950kg, bem grande né?
Saí do hospital no dia 10 de outubro, quando cheguei a casa de minha avó tinha um faixa de BEM VINDOS na porta e realmente fomos super bem vindos. Morávamos com minha avó Nice, mas meu pai vinha todos os dias me ver.
Minha avó materna Nice deu meu primeiro e subseqüentes banhos, era um bebê calmo e tranqüilo.
A família ficou babando, meus dindos, meus tios, minhas tias, meus avós e meus bisavós.
Mas o que ninguém esperava aconteceu, a breve chegada de mais um bebê.

A Chegada do Leonardo
Quando eu tinha três meses deixaram na porta da minha casa uma caixa com um menininho dentro, minha avó acolheu e adotou o Léo meu tio irmão.
Fomos criados como irmãos mesmo, tudo que eu tinha ele também tinha, a comida era a mesma, as roupas parecidas, por isso “tio-irmão”.
Ele era a criança mais próxima de mim, apesar de muitos primos e amiguinhos.
Mas quando eu fiz nove meses minha avó teve que mudar-se para Guaporé, então fomos morar eu, minha mãe e meu pai.

Meu Primeiro Aninho
Tive uma festa muito bonita e cheia de coisinhas boas, dez dias depois comecei a andar e pouco depois a falar.
Passava muito tempo com meus avós paternos Jô e Jaci que me deixavam muito mal acostumado e minhas tias Elaine, Sheyla e Alice por sua vez ajudavam.
E o tempo foi passando e chegou logo os 2 anos, que infelizmente não foi tão bom.

A Separação
Foram dias difíceis, meus pais já não se entendiam mais e a separação veio. E como sempre quem mais sofre? EU o filho.
Tive uma crise e fique muitos dias sem falar, sem comer, sem vontade, mas com coragem tudo volta ao normal.
Moramos eu e minha mãe por mais 2 anos em São Paulo, então viemos para Guaporé também onde vida nova começava.

A Vinda para Guaporé
Viemos para Guaporé em maio de 1999, fomos morar com minha avó Nice, meu avô Delmar e meus tios Felipe, Janaina, Marina, Leonardo e José Roberto.
Um ano após nossa chegada mais um tio vinha ao mundo João Pedro, então a casa era cheia de gente.
Mas sempre foi bom, o reencontro com o Léo, os novos tiozinhos e a vida muito diferente que aqui nós temos. Brincávamos na rua até tarde da noite, brigávamos muito, mas também com tanta criança junto não é fácil.
Fui crescendo sempre muito feliz, indo à escola, a verdadeira infância, brincar, correr, pular, tudo era festa.

A Bola Rola
Com cinco anos meu interesse pelo futebol ficou bem grande e comecei a jogar na escola, era da turma dos fraldinhas.
Senti muita falta do meu pai, porque nessa época já tínhamos perdido muito o contato, minha mãe que ia aos jogos fazia e faz até hoje uma gritaria que às vezes até me envergonha.
Mas quando tudo parecia bem minha mãe arrumou um namorado, e em conseqüência engravidou...

Maria Clara
Minha mãe grávida, eu pirei. Senti muito ciúmes, a sensação de dividi-la com mais alguém me deixou muito irritado, mas superei também essa fase.
Amo muito minha irmãzinha Maria Clara, hoje sei que tenho que defendê-la e cuidar dela e tenho também ciúmes dela.
Depois disso tentamos ir morar sozinhos eu, minha mãe e a Maria Clara, mas não deu certo e voltamos para casa da vó Nice.

A Perda
Em 2004, descobri que o Leonardo estava muito doente, e isso me deixou muito triste, pois ele significava muito para mim. Ele tem uma doença chamada ADRENOLEUCODISTROFIA, que não tem cura então fico sempre esperando com esperança mesmo sabendo que não tem mais retorno.
Em 2005 minha avó o levou para São Paulo para tentar algo que pudesse fazer ele melhorar, mas tudo foi em vão e ela continua lá lutando pela vida dele. Nas férias do ano passado fui visitar ele e fiquei muito triste, ele está em uma cama cheio de sondas e tubos em estado vegetativo. O médico disse que ele viverá até dois anos depois da descoberta da doença, mas não acredito e rezo todos os dias.

Alexandre
Bom minha mãe arrumou outro namorado, não gostei nem um pouco.
Foi difícil aceitar o fato, mas com o tempo fui conhecendo o Ale melhor e acabei gostando muito dele.
Ele é meio maluco, mas é um amigão, gosta de tocar violão e me mostrar muita música que eu gosto, estou até aprendendo a tocar também.
A minha mãe está muito feliz e minha irmã também, ele nos aceitou como filhos e nós o aceitamos como pai. Ele nos deu uma casa e uma vida muito legal, e cuida muito bem da gente, ás vezes da uns puxõezinhos de orelha, mas tudo bem.
Tenho muito de que não tinha antes e que eu sentia falta, é ele é mesmo um amigão.

Adolescência
Enfim a adolescência está chegando, e como quando chega a primavera tudo muda, eu também estou mudando. Atitudes, interesses, idéias tudo começou a mudar, mas tenho certeza que serei vitorioso nesta nova fase.
Estou a 5 dias de meu aniversário e esta parte da história vai faltar mas num próximo livro eu conto...
Ah! Ia esquecendo quem deu meu nome foi meu avô Delmar, em homenagem ao Teixerinha (Vítor Mateus Teixeira)

3 comentários:

Anônimo disse...

Vitor a sua história está boua e legal continue assim

Anônimo disse...

Vitor, parábens pelo ótimo guri que és! Continue assim e muita coisa boa lhe aguarda!
Profe Lu

NICY disse...

TE ADORO NICY